quinta-feira, 30 de junho de 2011

A EDUCAÇÃO DE ALUNOS SURDOS NO BRASIL DO FINAL DA DÉCADA DE 1970 A 2005


RESUMO

Esta dissertação procura analisar as proposições de ensino na educação de alunos  surdos no Brasil. Para fins desta análise foram selecionadas, publicações do MEC (1979, 1997, 2002) onde se apresenta propostas curriculares e orientações metodológicas destinadas a alunos com surdez. O problema que nos moveu, foi compreender se havia uma proposta de ensino de Língua portuguesa aos surdos, já que esta é apontada por especialista como uma questão problemática, delineou-se uma hipótese de partida. Se há uma proposta de ensino de Língua Portuguesa, ela não estaria definida como proposta pedagógica, mas, sim, como proposta conceitual de interpretação de que língua o aluno surdo tem, ou de que língua deve aprender. Retomamos o pensamento educacional brasileiro sobre o ensino dos surdos, identificando em tais documentos nuances das propostas oralista, comunicação total e bilíngüe. Na análise das proposições de ensino tomamos como ponto de reflexão o significado da surdez, constatamos que a mesma se modifica no decorrer dos anos, assim como a concepção de linguagem que segue de certa maneira o proposto pela educação geral, da língua como código para língua como atividade discursiva e constituidora da identidade dos indivíduos. Consideramos que destacado está o estudo dos aportes lingüísticos, pelas concepções de linguagem e da necessidade de uma língua para que ocorra o processo de aprendizagem; a língua que se deve ensinar e em que momento, fundamentalmente, encontrava-se como discussão privilegiada nos documentos. A cultura acadêmica também foi abordada, delimitamos alguns eixos de análise como: a) conceito de escola e suas funções; b) conceito de aluno e seus processos de aprendizagem; c) Professor e outros agentes, os papéis e suas práticas; d) conteúdo e proposição de seu ensino aprendizagem. Os mesmos são destinados à escola, portanto predispõem as funções e comportamentos de seus agentes, e a organização do sistema educativo.  Mas seus agentes, de formas distintas, interpretam e implementam tais orientações. Assim, tais documentos não são absorvidos e transmitidos passivamente, mas a escola como um espaço de promoção do ensino de habilidades necessárias para o desenvolvimento do aluno faz uma seleção da cultura e desta propõe experiências aos mesmos. Constatou-se, porém, que tanto as práticas pedagógicas, quanto a habilitação desses agentes não são claras. Concluiu-se ainda, que a linguagem pôde ser tomada como função da educação, quanto marca constitutiva nas proposições didáticas.
PALAVRAS-CHAVE: Educação de surdos, ensino de língua, currículo, cultura escolar.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
Documento: Dissertação de Pós-Graduação de Neiva de Aquino Albres.
Site: http://www.editora-arara-azul.com.br/cadernoacademico/007_teseneiva.pdf
Data/Horário: 28/06/11 às 15h55min.

COMENTÁRIO

            Pelo resumo desta dissertação percebe-se que a educação de surdos precisa, num primeiro momento, de uma mudança ideológica, ou seja, de uma mudança do pensamento que a sociedade tem de surdez ou de pessoa surda. Elas acreditam que a surdez interfere de alguma forma o intelectual de um ser humano o que não é uma informação verídica. Agora, vamos a alguns passos que poderia melhorar a educação inclusiva no Brasil:
1.      Uma escola inclusiva envolve uma interação verdadeira entre alunos e professores, independentemente se esses alunos tem alguma deficiência ou não, a interação precisa ser a mesma;
2.      Os profissionais precisam aceitar a Língua Brasileira de Sinais como a primeira língua do surdo e o Português Escrito a segunda língua (deveria ser uma opção, não uma obrigação);
3.      Os envolvidos com a educação devem reconhecer e respeitar a Cultura Surda porque, se respeitarmos a cultura de um povo, ou uma nação estará na verdade respeitando eles próprios.


Nenhum comentário:

Postar um comentário